segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Militares e militância - Uma relação dialeticamente conflituosa

Sinopse - Cunha, Paulo Ribeiro da
É realmente bom para a democracia que os militares fiquem longe da política? Ou seria melhor reconhecer que as forças políticas estão tão presentes nos meios militares quanto nos demais setores da sociedade? Nesta obra, Paulo Ribeiro da Cunha assume uma posição polêmica ao defender que se reconheça e legitime a presença histórica da esquerda nas Forças Armadas Brasileiras. Ele analisa o longo período de militância dos militares de esquerda no país, dividindo-o entre a fase da “insurreição” – do fim do século 19, com os “republicanos radicais”, até 1945 – e a fase de intervenção dos militares nas grandes causas nacionais, que se estende até 1964.
No percurso, o autor revela aspectos ainda hoje pouco explorados acerca do assunto, ao investigar, por exemplo, a influência marxista nas fileiras do Exército, por meio da análise de periódicos quase desconhecidos, a presença do espírito revolucionário na insuspeita Marinha dos anos 1920 e a história do Antimil, a quase invisível organização comunista voltada para a militância no interior das Forças Armadas.
O estudo, enfim, procura demonstrar a presença da esquerda num meio em que vicejariam somente posições políticas direitistas, como sugere a truculência ainda viva na memória do país da ditadura militar (1964-1985). “Ao fazer a ponte entre momentos históricos do ponto de vista de setores armados não hegemônicos, mas decisivos para a definição dos rumos assumidos por graves crises políticas, o autor oferece ao leitor material para refletir estrategicamente sobre a presença dos militares na cena política contemporânea”, escreve  Renato Luís do Couto Neto e Lemos. Comprar Livro

Nenhum comentário:

Postar um comentário